terça-feira, 9 de outubro de 2012

1 ano e meio

Ah, vai... Já passou da metade há mais de um mês, mas desde o dia 27 de setembro que Davi tem um ano e meio. Não tem um ano e seis ou sete meses. Tem um ano e meio. Uma idade assim quase que redonda. Uma idade em que se para de contar o tempo de vida com meses (pelo menos para mim). Então, desde este dia fatídico que sempre respondo quando sou perguntada pela idade do meu garoto: "ah, ele tem um ano e meio".

Está bem grande e pesado. Da última vez que fomos ao pediatra (para a consulta de um ano e meio, há quase dois meses), estava com quase 12 quilos e 84,5cm. Agora, já deve estar maior. As roupas de dois anos já estão dando e daqui a pouquinho não vão caber mais. Já não consigo  ficar com ele no braço muito tempo (e nem ele quer mesmo, gosta é de chão).

E essa idade de um ano e sua metade é uma delícia. Posso estar sendo meio Poliana, mas tô cada vez mais in love com esse menino. É cada tirada, cada trejeito, cada mania que ele vai adquirindo que me tira do chão, que me dá orgulho e admiração. Coisas pequenas, mas que ficam guardadas na memória e agora registro no blog, pro causo da minha cachola falhar. Vamos a elas.

Ainda continua meio mudinho, fala só quando tem vontade. De tagarela ele não tem nada. Mas já fala muito mais. Seu "vasto" vocabulário agora inclui as palavras "titi" e "totô", já indicando que começa a ter algum discernimento sobre suas necessidades de higiene pessoal, por assim dizer (e começo a pensar no desfralde, o que confesso, só de pensar me dá uma preguicinha - assunto pra outro post). Fala "ati" para mate (que ama de paixão). Fala "pao" e "bô" (pão e bolo, comidinhas favoritas, e assim demonstra que realmente é filho da mãe que o pariu). "Aba", quando tem sede ou vê qualquer corpo d´água (poça, lago, piscina, mar - aliás, descobri essa aí porque ele gritou que nem doido "aba", "aba", "aba" ao ver o mar na última vez que foi na praia).

Fala o mais perfeito "papaí" e mamãí", assim mesmo, com i no final, para nós dois, os pais da cria, além de repetir nossos nomes ("Tiiiii" e "Liiii", em geral repetindo o chamado entre nós quando acaba o banho). Aliás, ele agora chama pela gente, gritando "mamãíiii" ou "papaíiii", bem diferente do antigo "uh, uh, uh". Também incorporou ao vocablário familiar o "bobô", "bobó" e "tita", para os avós e as titias.

E o mais legal de todos: aprendeu a "cantar" sua primeira música. Atirei o pau no gato é o mais novo hit das paradas aqui em casa. E Davi não se cansa de repetir: "Atoto, atoto, rere, caca, tete, minnnnhau", com cada conjunto de sílabas nas partes exatas da música, enquanto cantamos. Coisa mais fofa.

Ele pode nem estar falando muito, mas suas habilidades motoras vão de vento e polpa. Eu acho que ele não anda mais; só corre. Pra todos os lados. Tanto que, ao voltar da creche, costumamos largá-lo numa galeria perto de casa só para ele correr e gastar mais um pouquinho de energia antes de ir pra casa. Ele sobe e desce a rampa de lá milhões de vezes. E agora deu pra subir e descer de costas, só porque é mais divertido. E se abre em sorrisos ao fazer isso, completando com um "tao" (tchau!). Outra brincadeira maneirinha é interagir com a própria sombra, balançando de um lado para o outro e dar "tao". Hi-lá-rio! Imita praticamente toda e qualquer careta nossa. Faz cara de mau (franze a testa, abaixa o rosto e encara as pessoas, tudo isso cruzando o braço), cara de bom (levanta a sobrancelha e abre um sorriso faaalso toda vida), imita buldogue (olha a foto depois lá embaixo), mostra língua, faz o índio.

Já volta da creche andando o caminho todo. Durante uma fase em que o carrinho era puro espinho e caminhar dois passos era certeza de escândalo no terceiro passo, o colinho funcionou como meio de transporte mais eficiente. E esse colo tinha variações. A pior delas era ficar com ele no colo, mas ao mesmo tempo ele empurrando o carrinho, assim meio estilo superman (e a mãe aqui sofrendo pra carregar criança peso-pesado + mochila). Agora está uma delícia: vem andando, todo feliz, apontando ônibus (e fala "mamãí" para o ônibus, pois faz a associação com a despedida da manhã, quando normalmente desce com o pai para me dar "tao" antes que eu vá trabalhar), lua, cachorro, tudo que chama sua atenção.

Pegou a mania de querer andar em cima do muro da igreja no trajeto de ida e volta (viu um garoto mais velho fazendo, apontou pro muro e gritou pelo pai, pedindo para fazer a mesma coisa - Tide disse que a cara dele ao colocá-lo no muro pela primeira vez não teve preço). Aliás, está cada vez mais afeito a emoções radicais, como diz o pai. Quer andar em pé no carrinho, descendo ladeira. Quer subir em toda e qualquer coisa que vê pela frente (o próprio homem aranha). Brincadeira bruta é a preferência do garoto.

Estar com ele é divertido. Depois desse relato todo, ainda resta alguma dúvida?

Gaiatos... Fazendo buldogue com o papai.
E de óculos escuros, só porque é mais legal. :-)