terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Programas de quem tem filho pequeno

A vida muda demais quando um filho nasce. Isso todo mundo sabe, lugar comum. O que eu não sabia é que existem programas de lazer tão legais quanto aqueles que se faz sem filhos. Ok, são bem diferentes, mas eu achava que o lazer de adulto acabava totalmente com o nascimento da cria. E não é bem assim. Vamos às opções:

- Sair para jantar x sair para tomar café da manhã: ai, só de pensar nesse programinha de casal me dá uma saudade... Colocar uma roupa bonita, maquiagem e sair com o maridão à noite para comer com calma, sem interrupções, com direito até a um bom vinho, é um luxo que no momento não existe mais. Agora, o programa do final de semana é sair para tomar café da manhã. Existem alguns lugares legais perto de casa onde se serve um café caprichado. E vários outros casais com bebês também frequentam. Vira um fórum de bebês. Da última vez, foi engraçado, porque as mães ficaram tomando café da manhã enquanto os pais ficaram com suas respectivas crias na área com brinquedinhos. Super apóio a exploração de trabalho paterno. hehe

- Cinema x filminho em casa: até fui muito ao cinema com o Davi quando ele era menor. Cinematerna quase toda semana. Mas agora que ele não para mais quieto fica difícil. Então, ficamos com o DVD de final do dia, mais à noite quando o moleque já está dormindo. Quando estamos numa boa noite, conseguimos ver um filme inteiro sem interrupções.

- Tarde de compras no shopping x compras online: um dos meus progrmas prediletos antes do Davi nascer era bater perna em shopping. Confesso. Sou consumista. Ia com o maridão (que também já gosta de um shopping, juro) ou com minha irmã. Às vezes com uma amiga ou até mesmo sozinha. Adorava entrar de loja em loja, sem me preocupar com o tempo. Ir no provador, escolher com calma. Hoje é diferente. Até vamos ao shopping mas com uma frequência muito menor porque não é programa para se fazer com criança. Em função disso, estou comprando menos (o bolso agradece). E o que eu preciso comprar, resolvo pela internet. Roupa para o Davi só compro assim. Muito mais cômodo.

- Ficar à toa em casa x ida a qualquer lugar perto de casa: adorava acordar final de semana mais tarde e ficar morgando na cama. Acordar, tipo, às 9h, mas só levantar mesmo às 12h. Delícia, mas acabou. Isso foi substituído por uma ida ao parquinho, à galeria embaixo do prédio, a farmácia ou a qualquer outro lugar que distraia minimamente a criatura. Muitas vezes só a rua salva e acalma. Já falei que ele não para mais quieto, né?

É, a vida muda, mas com certeza para melhor!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Esconde-esconde

Olha o vovô aí!

Não, tá ali!

Do outro lado!

Achôoooo!

"E eu achei a câmera tb!"

sábado, 28 de janeiro de 2012

11 meses e o adestramento

As gracinhas mês a mês só fazem aumentar. O repertório agora está bem grande. Com 11 meses, Davi sabe fazer o seguinte: leva a mão à boca repetidas vezes e falando "aaahh", imitando índio; bate palmas ao ouvir a palavra parabéns (está super "treinado" para a festa de aniversário); coloca a mão junto ao ouvido quando falamos "alô"; aponta o próprio nariz e o de outras pessoas ao ouvir "cadê o nariz do fulano"; bate testa com testa ao ouvir a palavra "cabeça"; e também sacode a cabeça de um lado para o outro ao ouvir a palavra "nãaaao". Uma graça.

Só que esse último adestramento não veio muito a calhar não. O problema é que ele aprendeu o "não" como brincadeira. E quando falamos com ele "aí não" ou "não pode" ou "não faz", ele para o que está fazendo, sacode a cabeça de um lado para o outro, ri e continua a fazer o que estava fazendo. Na hora em que a vó estava ensinando o neto essa brincadeira (é, não fui eu que ensinei, mas estou pagando o pato), nem me dei conta do que poderia acontecer. Mas no final das contas, acabo rindo porque não deixa de ser engraçado. E a minha moral vai ficando cada vez menor. hehehe

E também não é sempre que o garoto atende aos comandos. É quando ele quer ou quando ele não se confunde. Quando pedimos um "comando" atrás do outro, o bichinho começa a fazer tudoaomesmotempoagora. Bate palmas na orelha falando "aaaahhh" e mexendo a cabeça para os lados, misturando parabéns, índio, alô e nãaao. Tadinho. A gente abusa dessa criança.

Esta fase está sendo uma delícia. O garoto está uma esponjinha. Aprende toda hora uma coisa nova. Já está quase andando. Mesmo. A Ferrari que ele tinha ganhado e era de empurrar, com ele dentro, virou um andador. Tem horas em que ele pega uma reta e vai num sprint, digno de um mini-micro-baby-velocista. Acho que só está faltando ganhar um pouco mais de confiança, porque ele algumas vezes ficou em pé quando distraído. Aí, se lembrou de que não estava se segurando em nada e sentou. Então, enquanto ele não domina essa coisa toda de ser bípede, vai treinando com o seu andador adaptado.

Brincadeira predileta do meu futuro velocista
O desenvolvimento motor está até demais. Até escalar o sofá o garoto já conseguiu. Bastou colocar o controle remoto em cima para dar um incentivo (Davi é louco por controle remotos e celulares, muito tecnológico essa minha criança - quem disse que controles remotos não podem ser lúdicos e high techs?). Só que a fala tá beeem devagar. Praticamente parou de falar "papá" e "bó". Agora é "babababa" pra tudo e não é qualquer hora. Às vezes rola um "huhu" também. E só. Meu pequeno mudinho.

Deu para não querer mais dormir no berço. De jeito nenhum. Era eu colocar no berço que acordava. Parecia até que a sua caminha tinha espinho. Por conta disso, durante alguns dias, ficou dormindo no sofá enquanto não ia definitivamente para a minha cama (sempre com alguém do lado dele, claro). Só que hoje, só para me contrariar, dormiu mais de uma hora no berço sozinho de manhã e já está de novo no berço para o sono da noite. Eu estou achando que é por conta do clima, que agora está bem mais ameno que o calor desumano que tem feito nas últimas semanas aqui no Rio. Vamos torcer para que São Pedro colabore ou que a Light venha de vez resolver meu problema do ar condicionado (sim, esse calor infernal e a gente sem ar condicionado, tudo por conta da mudança para trifásico, afe...).

A parte da comida é que deu uma pioradinha. Deu para não querer mais almoçar e jantar. Come algumas colheradas, umas 10, e depois tranca a boca. Só abre de novo se for para uma fruta ou alguma coisa doce. Já fiz diferentes papinhas e nada. Fiz cada coisa separada, um monte de purêzinho e nada. Nas últimas três semanas, isso tem se repetido. Mas só em casa, porque o pessoal da creche fala que ele tem comido suuuper bem. Segunda vamos falar com a nutricionista de lá para copiar a receita de comida salgada deles.

Cada vez mais gatão... e eu mais babona

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Bebê de prateleira

Olha só o que andam vendendo no mercado lá perto de casa. Me dei bem, peguei o último que estava em promoção! Me disseram que outro desses só deve chegar em 2014. Será? :-)

A última bolacha do pacote... por enquanto

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Contagem regressiva para o aniversário


É, me rendi ao clima festivo que se aproxima. Vamos comemorar o aniversário do Davi em grande estilo. Todos em coro agora: mas já? Pois é, parece que foi ontem (frasezinha mequetrefe, clichê, mas nada mais consegue descrever esta sensação de tempo passando rápido demais).

Estava pensando mais fortemente sobre o assunto desde que o ano virou. Bem, na verdade, já pensava sobre esta data desde que o Davi tinha mais ou menos um mês de vida e começamos a freqüentar o Jardim Botânico do Rio. Local lindo, super bucólico, contato direto com a natureza, clima super propício para fazer uma festa low profile.

Ainda nessas nossas idas ao Jardim Botânico, descobri que havia um serviço de “festa” prestado por um dos quiosques de lá, um que ficava próximo ao parquinho infantil. Era só pagar, eles cuidavam da comida e bebida. A gente só teria de levar o bolo, docinhos e uns enfeites de mesa (se quisesse). Precinho camarada, comemoração bem pequena para 50 pessoas. Estava animada e tentei agendar com o pessoal do quiosque no início do ano de 2011. Eles ficaram de me dar um retorno em 2012, mais próximo da data.

E me deram, só que o retorno não foi positivo. No final de dezembro, me mandaram um e-mail dizendo que o Jardim Botânico não estava mais deixando fazer estas festinhas por lá, que eles iriam descontinuar o serviço em 2012. Ferrou. Minha única opção de aniversário tinha ido por água abaixo.

Fiquei ainda pensando e repensando o que poderia fazer. Não queria deixar passar batida a data, mas também não queria grandes produções. Por dois motivos: estou sem grana por conta dos gastos com a obra + armários e tenho uma certa “preguiça social” para festas próprias. Só que não preciso passar esta “anti-socialidade” para a cria, né não?

Cogitei fazer lá em casa, uma festa no estilo “faça você mesma”. Iria me aventurar pelo Saara (em janeiro, mentalize só o calor deste mercado popular no Rio de Janeiro em pleno verão, o nome por si só já é bastante sugestivo) em busca de decorações fofoléticas. Só que nem mesa eu tenho ainda na minha casa. Então, como assim comprar coisas pra enfeitar mesa se nem mesa se tem?

Nesses meus pensamentos sobre o tema, comecei a fuçar a internet (salvadora). E me deparei com uma casa de festas infantis que não se parece com uma casa de festas infantis. Per-fei-to.

Deixa eu me explicar. Tenho gastura desses lugares multi mega coloridos, com o som ligado na mais alta potência, comidas gordurosas, crianças suadas correndo entre brinquedos gigantes e decorações padronizadas com tema do personagem infantil da moda. Nada conta quem faz. Até porque sei que um dia (se tiver dinheiro) vou acabar fazendo por pressão da própria cria (“ah, mãe, eu quero um festa do Ben10”). Mas... Além de super caros, acho que um lugar desse não combina muito com festa de aniversário de um ano. A criança quase não aproveita e a lista de convidados nem tem tanta criança, pelo menos no meu caso. Na família, há poucas crianças e a maior parte dos meus amigos ainda nem tem filho (os filhos dos amigos do Tide já estão saindo de casa, tudo adolescente ou maior).

Essa casa de festas que encontrei é super bacana. É voltado para um público infantil, mas também faz festa de adulto. É numa casa velha (amo de paixão, se pudesse comprava uma casa antigona e reformava). A decoração é feita em estilo provençal (aprendi o termo depois que eu cheguei lá), com carinha de feito a mão e personalizado (e é!). E me pareceu que a pessoa responsável pela decoração, uma das sócias, tem um super bom gosto, pois as fotos que vi de outras decorações eram muuuito lindas.

Mandei e-mail e perguntei pelo final de semana depois do Carnaval, de preferência domingo (Davi faz aniversário na segunda). E não é que tinha data? Parece até que estava esperando por mim! Não foi no horário que eu queria (fechei o horário de 17h às 21h), mas, contando que ainda estaremos em horário de verão, boa parte da festança acontecerá ainda de dia. E melhor, fora do horário de pico de calor dessa cidade. Então, nos finalmentes, até que gostei do horário, mesmo tendo torcido o nariz um pouco de início.

Ao chegar lá, o Tide notou a razão da minha empolgação. Segundo ele, era a minha cara fazer a festa do Davi num lugar desses. Tomei como um elogio. Fechamos o pacotão, mesmo estando duros. Com cerveja incluída (mesmo a contragosto meu, mas eles nos deram de cortesia e o Tide queria de todo jeito).

A gente ia ter que recorrer a algum empréstimo consignado desses aí (coisa que nunca fiz, mas não ia ter jeito), mas meus pais e sogrita resolveram patrocinar a festa e dar de presente pra gente pro Davi! Melhor que isso não há! Obrigada vovó, vovó e vovô!

Como o pacote inclui tudo (comida, bebida, decoração, convite), eu só tenho de chegar na festa pra curtir. Hehehe Bem, só a parte de foto e filmagem que vai ser feito por nós. Davi tem uma vó e um pai metidos a fotógrafos. Então, nesse aspecto, já estamos muito bem servidos.

O drama agora é fechar a lista de convidados para não passar do valor estipulado. Essa parte vai ser dura. Família próxima, amigos mais chegados e amigos com filhos foram os nossos pontos de corte. Outro ponto de corte é convidar aqueles que visitaram o Davi depois que ele nasceu (não vale conhecer o aniversariante no dia do aniversário). Só que essa listinha básica já foi maior do que o número de convidados do pacote. Ai, Gzus...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Filho da mãe

A mãe em questão sou eu. Então, nem dá para pegar pesado...

É que o danado do Sr. Davi resolveu atribuir significado concreto aos barulhos até então ininteligíveis que vinha proferindo. E o que ele resolve falar pela primeira vez? Mamãe, claro, né?  Afinal, fui euzinha aqui que o carregou por 8 meses, amamenta, cuida, dá beijinhos, brinca de esconder todo santo dia.

Mas não. A primeira "palavra" foi papá, endereçado certindo para o Tide. Ok... :-P

Tudo bem ele ter falado papá, pois o papai também cuida, dá banho, brinca horrores, leva pra creche, dá remédio, tudo quase que nem a mamãe (tirando a parte do peito, porque nesse aspecto eu sou imbatível! rsrs). Mas a segunda "palavra" que ele falou, agora sim foi mamãe, certo?

Não... Como bom machinho que é, falou bó, referindo-se a bola (e eu já começo a perder desde já o espaço para a bola, iNgualzinho ao que acontece com o papai nas noites de quarta e nas tardes de domingo). É ou não para matar... de amor!!!

O vídeo mostra essas novas habilidades linguísticas da cria e, de quebra, ainda apresenta o engatinhado mais fofo do planeta.

PS: não reparem na bagunça do quarto do Davi, pois o armário ainda não chegou. E também não reparem no meu "bronze". :-)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Maternidade intuitiva

Antes do Davi nascer, tentei me informar ao máximo que pude sobre maternidade. Mas também não fiquei sequelada. Li algumas coisas, mas não devorei livros, livros e mais livros. Confesso que enquanto estive grávida, fiquei muito mais interessada em saber coisas relacionadas à gravidez, às mudanças pelas quais meu corpo estava passando, aos estágios de desenvolvimento do bebê dentro de mim. Vivi intensamente o presente e "esqueci" um pouco a etapa seguinte. Li alguma coisa, mas não muito.

Daí que em questões polêmicas, não tinha muito posicionamento firmado a priori. Fui lendo sobre cada questão conforme ia me deparando com ela. Um exemplo disso foi a coisa da chupeta: dar ou não?  Resolvi que não ia dar, Davi pegou o dedo e um monte de gente criticou. "Esse menino vai chupar dedo até ficar velho e mega dentuço". Era mais ou menos um resumo do que eu ouvia. Dentre todos os prós e contras da questão, decidi. Eu (e marido, mas mais eu) escolhi. Não dei. Assumi a escolha e todos os riscos envolvidos. E Davi me larga o dedo agora, há mais ou menos um mês. E posso confessar uma coisa?  Não gostei muito não. O dedo acalmava, relaxava, fazia dormir facilmente. Agora só o peito salva.

Agora, mais uma questão se apresenta. O sono e a cama compartilhada. Já tinha expressado minha opinião sobre o assunto. E sempre sou questionada quando comento que o Davi começa a noite no berço dele e termina na minha cama. Tem gente que fala que pode acabar com a intimidade do casal, que pode criar uma criança insegura e dependente, que pode ocasionar acidentes. Enfim, já ouvi de tudo. Até estou evitando de falar isso quando o assunto aparece para não ter que ficar me explicando, seja pro pediatra, pra minha mãe ou até mesmo pra um estranho (sim, porque palpiteiros não respeitam intimidade - ou falta de).

Só que nesse caso eu também já me posicionei. Marido até chegou a querer vacilar nesse assunto e me questionou. Só que ele é o primeiro a pegar o Davi quando ele chora no quarto e a levar para a nossa cama. Entendeu as minhas razões, a minha escolha e topou. O problema é que nos últimos dias o Davi tem dormido (no peito, porque ele dorme mamando, mesmo que o recomendado não seja esse) e não aceita ser colocado no berço logo depois. Quer ficar direto no colo, até a hora em que vou para a cama. Aí, complicou. O tempo em que ele dormia no berço antes de ir para a minha cama eram providenciais: dava atenção para o Tide, ajeitava a casa, arrumava a mochila da creche, jantava. Achei que tinha criado um monstro. Mas nas últimas duas noites, já começou a aceitar o berço de novo e retomamos nossa rotina de sono. Assim espero.

Tudo isso para dizer que, mesmo não sabendo nada do que é ser mãe, afinal estou passando por isso pela primeira vez, eu tento fazer as melhores escolhas. Me informo e escolho. Essas escolhas, que tem uma boa dose de embasamento, de informação, têm também muita intuição por trás. Até porque as questões polêmicas são polêmicas porque tem gente advogando dos dois lados. Então, a escolha no final das contas é da mãe, que pondera uma variável que os experts (e principalmente os palpiteiros de plantão) nunca vão considerar: o seu filho.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Fim da maratona do Natal e planos de ano novo

Eu sobrevivi.  Natal esse ano me cai em um final de semana, sem direito a uma folguinha sequer na sexta-feira para a pessoa se organizar melhor. Ou um diazinho a mais depois para a gente se recuperar da comilança e das noites com menos horas de sono. Foi intenso, mas tô viva.

O primeiro desafio foi o de compras natalinas. Como comprar presentes quando seus ricos dinheirinhos da conta bancária estão completamente comprometidos com o pagamento do final da obra? Simples. Compra-se um presente baratinho, mas com significado. No meu caso, foi porta-retrato para todo mundo com foto do filhote. Presente ideal, pois Davi nasceu neste ano (não daria para fazer isso no Natal em que ele estivesse com 8 anos, porque aí não seria mais fofo e sim pão-durice - tudo é questão de timing, people). E foi para todo mundo meeesmo. Até para as tias da creche (só aí foram 10 porta-retratos). Deu um trabalhão embrulhar um a um, mas ficou bunito! Resultado: gastei menos de R$400,00 e consegui comprar presente para geral. E todo mundo a-mou e de quebra elogiou minha criatividade (meu ego agradece).

O segundo desafio do Natal foi o calor. Estava aqueeele calor senegalês, sensação térmica de 40ºC na sombra. Parecia que a gente estava fazendo sauna o tempo inteiro de tão úmido. Só o Davi tomou seis banhos (recorde), mas era só sair do chuveiro que já começava a suar de novo. Isso porque os aparelhos de ar condicionado lá de casa ainda não foram instalados e habitam o chão da minha cozinha nova (seis caixotes gigantes empilhados, três splits e suas respectivas unidades externas). Então, encaramos o calor apenas com um único ventilador pequeno, que praticamente só ventila uma pessoa, se a mesma ficar com a cara colada nele.

Por fim, some o calor à logística do Natal e a um bebê de quase dez meses. O caos na Terra. Rotina totalmente esculhambada. Até porque os compromisso começaram na sexta à noite, com o encontro da Ramalhada (família da minha mãe, da parte do meu vô, que normalmente não passa junto a véspera do Natal). Davi super sociável com todos, pulando de colo em colo, até a hora em que normalmente dorme (por volta de 20h). Aí, mamou e apagou no meu colo, até o momento de entrar no carro. Escândalo, misto de sono com tédio, mais a amarração da cadeirinha. Choro em cima de choro. Nesses casos, não resito e pego. Só o peito acalma (sei que não é certo e tento ao máximo distraí-lo, mas tem vezes em que nada dá jeito e não aguento ouvir ele se esguelando).

Dia seguinte, na véspera do Natal, passamos a tarde com a família do meu marido. Mais calor. Davi de fraldinha o tempo todo. Esquece roupa nova do Natal. De novo, o guri passa de colo em colo, a simpatia em pessoa. Se amarra mais no andador da tia-vó recém-operada do que nos brinquedos que ganhou. Come sorvete de creme e se esbalda. Geladinho proviencial naquela tarde de forno.

"Me amarrei nessa barra nova"
Tomamos banho na minha sogra (todos, eu, Tide e Davi) e seguimos para o Natal na casa da minha prima (onde a parte da família da minha mãe sempre se reúne). Casa cheia com mais de 20 pessoas, com direito a duas novas adições para a família: Davi e Giovana, com apenas alguns dias de vida. A casa é enorme e fica tudo aberto. A sauna continua e Davi baba (literalmente) ao ver meu primo entrar na piscina. Quer se jogar na água. Tiro a fralda e ele se esbalda com ele na água. Eu arrumo um biquini (da minha prima de 15 anos - observação para a minha vergonha em vestir um biquini pequeno com corpo pós-parto na frente de toda a família, mas até que não ficou tãaao ruim em função da minha magreza-doentinha de vaca leiteira que sou). Caio na piscina, mas aí já é tarde, pois Davi já tinha super estranhado a boia que ganhou da bisa (daquelas de encaixar as perninhas). Ele, que praticamente não estranha nada nem ninguém, não podia nem ver eu encostar no bicho-boia que morria de medo. Acho que meu primo resolveu colocar ele direto na boia enquanto eu estava me trocando, sem ao menos apresentar o brinquedo novo à criança. Consequência: primeiro trauma de Natal.

"Bicho-boia feio"
Depois da piscina, dormiu horrores no colo, no meu e de quem se protificasse a segurar a criatura. Acordou quase às 2h da manhã com a pilha toda e brincou mais um tanto. Na hora de ir embora, de carro, mais um escândalo. Só que eu tinha de voltar dirigindo porque o pai tinha bebido vinho. Então, não tinha peitinho para acalmar. O caos. Cheguei em casa, mais um banho e cama (na minha). Dormiu feliz até 9h15 da manhã (musiquinha da vitória do Ayrton Senna porque eu acordei "tarde").

Domingo, dia 25, almoço com a família do meu pai, na casa dos meus pais. Glória... Ar condicionado split na sala e quartos ligados na última potência. Estava quase frio. Uma delícia e Davi pôde usar pelo menos um dos seus modelitos de Natal. Se esbaldou com os presentes, mas se amarrou nas bengalas dos avós da minha prima. Comeu rabanada depois de ter jantado e comido a sobremesa politicamente correta (mamão amassado). Adorou o docinho politicamente incorreto. :-) Chegamos em casa exaustos, mas felizes por ter compartilhado com toda a família o primeiro Natal do filhote.


"Não sei se gosto mais da embalagem ou do presente"

Já o final de semana do ano novo foi bem menos agitado (ufa...). Passamos na casa dos meus pais. Até queria ter ido na praia, ver os fogos, mas choveu e eu fiquei com receio de levar a criatura. Vai que cai um toró e ele fica com medo dos fogos? Então, ficamos em casa eu, o pai, Davi e bisa, enquanto o restante do pessoal foi pra praia. Mesmo com um reveillon mais light, não poderia ter sido melhor.

E, como ano novo é tempo de novos planos, parei para refletir. O que eu quero de 2012? Como superar 2011, ano em que nasceu o Davi e compramos nosso apartamento P-R-Ó-P-R-I-O de 2 quartos? Difícil... Então, cheguei a conclusão de que em 2012 o que eu mais quero é curtir o que conquistei em 2011 e se acontecer mais alguma coisa desse naipe, tô no lucro!