sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Dos fatos, curiosidades e personalidade de um menino de 2 anos e meio

Para tentar agrupar algumas tiradas e acontecimentos dos últimos meses, resolvi reunir num lugar um compilado de dados dessa criaturinha que está com dois meses e meio.

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Nessa semana, enquanto estavam brincando no quarto, o pai pegou uma raquete de plástico do Davi e disse: “vamos brincar de tênis?”.
- “'Péla' aí, papai”. E lá foi ele correndo até a cozinha. Voltou, com seu par de tênis na mão. E prontamente pegou a raquete e rebateu cada um deles com toda a força contra o ar.
Faz todo o sentido, não? GÊNIO!

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A mãe de um amigo da escola me contou o causo dos dois, contado pela professora da turma. Ele, o amigo BFF e o outro amigo tinham trazido banana no lanche. Davi e seu BFF já sabiam descascar a banana, enquanto o outro amiguinho ainda não sabia. A professora, tentando ensinar, deu a banana ao pequeno, que prontamente falou: “Abre banana!”. Tadinho, como se ela fosse abrir sozinha.
Davi e seu BFF caíram na gargalhada e, desde cedo, já praticam bullying infantil. Mas num grau tolerável e muito fofo. Até hoje, quando relembro a história e falo “abre banana” em casa, ele dá risada e diz: “O [fulano] não sabe”. :-) 

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Ao ser cumprimentado na saída de uma loja por uma vendedora com um "Tchau, bebê!", Davi rebateu de bate pronto "Não sou bebê." E eu perguntei então o que afinal ele era: "Sou 'quiança'!".

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Ele é um menino cauteloso. Em um parquinho novo, sente primeiro o lugar e sobe com cuidado nos brinquedos. Até dominar o local, vai com cuidado em cada brinquedo e por isso dificilmente se machuca de primeira. Também é medroso com animais. Adora ver bichos, mas se eles se aproximam, ele se retrai.

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Mama só uma vez por dia, à noite, para dormir. E repetimos sempre as mesmas frases. "Qual o nosso combinado?", eu pergunto. "[Mamar] Uma vez no escuro e Mucilon só amanhã de dia. Te amo muitão!" E então, ganha dois beijos, um em cada bochecha. E dou também dois beijos. Sempre. <3

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Só assim para ganhar beijo, porque o menino é escasso de carinho. Andou melhorando um pouco, mas em geral quando peço um beijo, vem um "beijo-pum", que é soprar na bochecha e fazer barulho de caminhão. E sai rindo achando graça. Esse menino adora uma galhofa.

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Conseguimos ter diálogos agora, mas normalmente são meio nonsense. Algo do tipo:
- Filho, como foi a aula de natação?
- A tia Simone pediu para eu dar um pulo de peixe espada, assim ó [e imita o pulo].
- É mesmo? E quem tava lá na aula também?
- O tubarão. Ele mora no fundo mar.
- É mesmo?
- Sim, e ele anda de avião de 'tubina'.
- Jura? E o avião, vai para onde?
- Para o Pará. [onde ele passou as férias, na casa da vó]

Os diálogos em geral terminam com avião de 'tubina' e sempre chegando no Pará. :-)

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Desde as férias no Pará, está comendo bem melhor. Digo que ele anda com o "comedor aberto". Um alívio para uma mãe que já se estressou muito com a alimentação dele. Adora frutas (quase todas, só o abacate que andou negando, mas vou oferecer de novo). Come arroz, feijão, carne, macarrão. Mas legumes e verduras... É uma luta. Só que não desisto. Mantenho sempre no prato dele e tento dar junto com o feijão, carne ou o que estiver no prato, para mascarar o gosto. Assim, consigo que ele coma uma cenoura ou chuchu cozido. Querer que ele coma cru já seria demais, mas vamos avançando um pé depois do outro. Também consegui que ele goste de batata baroa. Seguimos tentando manter seu prato colorido, mas é realmente uma luta.

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Assim como é uma luta a hora de escovar os dentes. E a hora de cortar as unhas do pé. Da mão não, corta tranquilamente. E o mesmo acontece quando vai cortar o cabelo. Parece que está matando a criatura.

Tento distraí-lo, fazê-lo rir. É preciso um plano, uma estratégia de entretenimento. E aí entram super heróis, bichinhos de pelúcia, palhaçada dos pais ou de quem estiver perto (vó, vô, tia). Já consegui algumas vezes escovar os dentes e cortar as unhas do pé sem maiores traumas. Mas seguimos ainda com sérias dificuldades para cortar o cabelo. Aliás, nesse final de semana, deve rolar de novo aquele momento tenso no salão. Tá cabeludo que só ele.

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Não dorme a noite toda ainda, mas não mama mais de madrugada. Dorme cedo, exausto da escola. O normal é às 19h30, mas acontece com frequência uma antecipação desse horário se ele volta muito cansado da escola. Tipo ontem, quando ele dormiu 18h40. E foi até às 6h10 da manhã do ooooutro dia. Mas não direto. Acorda toda noite para ir para a nossa cama. Praticamos cama compartilhada em geral depois de meia-noite. Por enquanto, não pretendo tirar este hábito. Já foi um progresso tirarmos a mamada da madrugada. Querer que ele durma a noite inteira e na sua cama é um passo maior, que ainda não tem previsão de acontecer tão cedo. Até porque gosto de dormir do lado dele. Eu e o pai.

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Desfraldado com dois anos e dois meses, mas ainda usa fraldas para dormir. Algumas vezes acorda seco, mas em geral não. Não faço ideia de quando devo tirar a fralda noturna.

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Tirando alguns resquícios de bebê (a mamada única e a fralda da noite), Davi está cada vez mais menino. Menino não. Moleque. Gosta de gente, de bagunça. Cumprimenta e é cumprimentado pelas pessoas na rua, no caminho até a escola. Fala com o dono da lojinha, com o atendente da lanchonete, com o artesão de móveis e por aí vai.

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Está passando por uma fase futebol, completamente influenciado pelo pai. É capaz de ficar horas chutando bola lá em casa. Chama o pai para jogar bola na quadra. E, no final de semana passado, foi na maior quadra de todas, o Maracanã. Ao ver o "Nense" jogando, pediu para mim: "mamãe, quando acabar o jogo, posso ir jogar bola naquela quadra?". E gritava, vaiava e xingava (?!), imitando o pai e as pessoas em volta. Ficou ma-ra-vi-lha-do!

Ele quer dormir de uniforme, chuteira e bola agora.