quinta-feira, 5 de julho de 2012

Em compasso de espera

Filhote tá fofo demais, cresce muito a cada dia e eu aqui sem inspiração para nada. A casa anda bagunçada, o trabalho anda caótico, eu ando toda desgrenhada (hoje até caprichei um pouco mais no visual para dar um up na vida) e o blog meio abandonado. A verdade é que estou numa ansiedade só, porque faltam apenas seis dias úteis para as minhas tão sonhadas féeeerias (eu conto assim, em dias úteis, porque final de semana é bom e passa rápido; então, nem entra na contagem).

Pense numa pessoa que, diante de qualquer percalço doméstico, materno ou profissional, mentaliza quase como num mantra "falta pouco para a minha tão sonhada semana, falta pouco...". Na verdade, serão 15 dias de férias de trabalho, mas em uma delas estarei com a cria por conta do recesso da creche de uma semana. E aí não será um momento de prazer e ócio total misturado com oportunidade única de colocar em dia coisas que não se pode fazer com bebês ao lado.

Não me entendam mal. Eu escolhi que minhas férias coincidissem com o recesso do filhote. Eu queria passar mais tempo com ele. Queria que as férias dele fossem comigo ao lado. Se eu quisesse diferente, até poderia ter combinado com antecedência com a vovó, pois tenho certeza absoluta que ela não só toparia, como também adoraria a tarefa.

Só que ficar com ele um dia inteiro já acontece todo final de semana. Bem ou mal, mato minhas saudades com o filhote ao passar sábado e domingo juntinhos, fazendo programas de família.

Agora, dias e mais dias inteirinhos só para eu, EU, euzinha decidir o que eu quero fazer, na hora em que eu quero fazer, com possibilidade de mudar de ideia a qualquer momento, sem que isso signifique nenhuma hecatombe infantil, isso aí eu não tenho há mais de um ano atrás (mais precisamente há 1 ano, 4 meses, 1 semana e 1 dia atrás). Hoje, tudo é muito planejado, orquestrado, com horários. É exaustivo...

Não vou viajar, nem fazer nada de especial. Mas quero muito ir ao cinema, bater perna em shopping durante hoooras, ir ao Saara, ver horas e horas de televisão initerruptamente, arrumar meus armários e minha casa, ficar olhando para o teto do meu quarto enquanto me deito na cama por horas a fio só por alguns minutos só porque eu quero. Tenho um monte de coisas que gostaria de fazer, mas ao mesmo tempo não tenho nada programado, porque não quero programar absolutamente nada. Aliás, eu quero não fazer nada e fazer tudo. Alguém aí me entende? 


Enfim, tô com saudade de mim mesma antes da maternidade, quando o meu compromisso com o relógio era  praticamente nenhum (quando estava fora do trabalho, craro). Não voltaria atrás de jeito nenhum, mas é ótimo ter a oportunidade de curtir um pouco a vida de antes, só por cinco dias, de 9h às 18h.