quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Primeira vez na praia

Retomando os posts fotográficos enquanto a inspiração e principalmente o tempo não vem, aproveito para postar umas fotos lindinhas da primeira vez de molequinho na praia. Foi em maio, ele tava bem menor, mais magrinho e menos cabeludo, mas vale ainda o registro.

Demorei um pouco para levá-lo à praia. O pediatra recomendou que fôssemos só depois de um ano completos, mas acabei demorando mais do que isso. Por ter a praia assim tão perto, sempre adiava a ida. Nunca era o programa prioritário, até porque eu mesma nunca fui muito de praia. Mas valeu muito levá-lo! Davi estranhou um pouco a areia e as ondas, mas amou a piscina inflável, mesmo com a água fria do mar. Devemos repetir em breve o programa.

Estreia em grande estilo, em Ipanema

"Esse negócio de pisar na areia é bão, mas é meio estranho!"

Batendo uma bolinha com o papai

Meu craque de bola

Depois de tanto exercício, uma água e uma piscininha inflável para relaxar

E o biscoito Globo não podia faltar!

Ô, menino, era para dar beijo e não língua na vovó!



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

As últimas novidades linguísticas

Sempre escrevi aqui que meu filhote era do tipo mudinho. E continua, mas as coisas andam mudando numa velocidade que, pelo menos para mim, está começando a ficar mais acelerada. Seu vocabulário se amplia a olhos vistos e ele está se arriscando muito mais nas suas frases de bebêzês (aquela frase que parece ser completa, completinha, com sujeito, verbo e predicado, com direito a entonação em tudo, mas que você não entende absolutamente nada).

Falar mamãe é agora algo usual (para nossa alegria!!!). Custou a sair e, quando saiu, só falava quando eu não estava perto. Mas agora fala sempre, toda hora, normalmente para afirmar que estou ali do lado dele e não necessariamente para me chamar. O melhor é quando vou buscá-lo na creche. Vem correndo e falando mamã-mamã. Um fofo.

Então vamos ao seu extenso vocabulário:

- papá: esse é clássico, mas agora já temos variantes. Ele chama o pai pelo nome, Tide. Aconteceu do nada. Estava dando banho no Davi e gritei pelo Tide para pegar a toalha (normalmente, um dos dois entra com a cria no chuveiro e o outro pega depois). Gritei "Tiiiiiide!" e o Davi quase que simultaneamente "Tiiiiiii!". Óbvio que gritei mais ainda, chamando o Tide pra vir ouvir a mais nova façanha linguística da fera. Estamos trabalhando agora no Liza ou Lili e Davi está quaaase lá. :-)

- papá: vale também para comida. Ele aponta pras coisas, especialmente aquelas que estão dentro de tupperware pequenininho (mesmo que não seja pra ele) e diz papá quando está com fome.

- uuuuhh!: com as mãos pro alto, para celebrar um "gooool!" quando joga bola com o papai. Também faz isso quando vê futebol na televisão. Fez isso outro dia quando o time adversário fez gol no Fluminense, time do papai ("pô, filho, torcendo contra?", disse o Tide, desolado quando ouviu).

- má, mé e pé: diz direitinho mão e pé, o seu e o dos outros, acompanhado dos fonemas certinhos. Mão é que varia um pouquinho, às vezes é má e às vezes é mé. Ele sabe indicar vários outros lugares do corpo (do seu e dos outros), mas falar enquanto aponta, só esses dois.

- dodó ou dodô: também já falei sobre isso aqui. Aponta direitinho para o machucado (agora seu joelho vive ralado) e diz. Mas uma das primeiras vezes em que ele falou isso foi muito legal, a primeira vez em que eu vi que ele se lembrava das coisas. Há uns dois meses, machuquei o dedão do pé tirando cutícula (eu mesma costumo me auto-mutilar). Ficou horrível, dedo mega inchado, com pus, cheguei a tomar antibiótico. Nesses dias, Davi chegou a pisar no meu dedo (porque esse tipo de coisa atrai) e eu soltei um mega grito e ameacei um choro. Ele, óbvio, chorou mais, do susto. Expliquei que tinha gritado porque ele pisou no meu dodói e ele desandou a falar sem parar dodô e apontar pro meu dedão. Uns quinze dias depois, ele rala o joelho. E eu falo: "ô, Davi, deixa eu ver o dodói". Ele aponta pro meu dedão, o mesmo que estava inflamado antes (e já tava sarado). Achei incrível! Ele não só entende as coisas, mas tem memória. Eu sempre me espanto quando ele faz coisa assim, digamos, de humanos.

- taaaaao: pra tudo e qualquer coisa ele dá tchau e, quando está empolgado, falou bem altão "taaaaao!". O tchau para ele tem o significado de se despedir, mas também de reconhecimento, para comunicar que está vendo alguma coisa. É hilário, porque é tchau pra luz, pro poste, pro cachorro, pra Lua, pra tudo. Aliás, no momento, seu reconhecimento de mundo também está bastante relacionado com o beijo. É beijo em tudo e em todos. Já deu até beijo no lixo (mais de uma vez), quando eu tava tentando ensiná-lo a jogar fora as coisas. Joga fora o papel, dá tchau pro lixo e manda ou dá o beijo diretamente (sempre acompanhado de um grito da mãe: "nãaaaao, Davi, lixo é sujo!").

- uuuuuá!: falando em Lua, olha ela aí. Aprendeu na creche e, desde então, quando tem Lua no céu, vai repetindo do início ao fim "uuuuuá!", apontando e com a cabeça vidrada nela até chegar em casa.

- tá: são duas coisas diferentes. Pode ser Sol (ele aponta nos livros qualquer Sol e manda o tá) ou borboleTA (manja? força na última sílaba?). Esse aí da borboleta ele aprendeu quando ele um dia percebeu a minha tatuagem nas costas. Falei que era a BOR-BO-LE-TA, reforçando cada sílaba, e ele se ligou de um jeito na última. Desde então, reconhece e fala tá para borboleta no vídeo, em brinquedo ou na pele das costas da mamãe.

- bobó e bobô: já falou vovó e vovô, mas nunca na hora que os avós estão pertos o suficiente para ouvir. Quer dizer, só pro meu papai, que é o que menos vê (mora longe), mas toda vez que vem aqui ou liga, o Davi consegue a façanha de falar bobô na cara dele e minha mãe se morde por dentro.

- bó e bô: bó, de bola, e bô, de acabou (acompanhado de um movimento fofo de colocar as palmas das mãos para cima e quebrar a cabecinha de lado).

- nene e dada: Davi se reconhece em fotos. As vezes fala nene, as vezes dada, numa abreviação do próprio nome.

Se lembrar de mais alguma coisa, atualizo ou faço um post novo. Mas fala a verdade se o molequinho não está ficando todo saidinho nas proezas linguísticas?


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A volta das férias

Foi tudo. Foi a vida. Foi libertador. Foi um reencontro comigo mesma. Curti pra caramba as minhas férias. Coloquei muitas pendências em ordem. Isso faz uma diferença enorme pra mim, pois começo a "dar defeito" quando vejo muita coisa acumulada por fazer. Fui a dentista (acho que a última vez o Davi tinha meses), arrumei todos, TODOS, sim todinhos os armários lá de casa. Depois da mudança, meio que tinha tirado as coisas de dentro das caixas e jogado de qualquer jeito nos armários.

Agora, meu armário parece um embrião de closet da Carrie, de Sex and the City, com direito a cabides transparentes e idênticos (precisa ver antes como era, cada um de uma cor, de um material, um horror). Agora tá tudo dividido, camisas de manga longa num lugar, de manga curta em outro, coisas de inverno num canto, sapatos guardados em caixas de plástico transparente (uma parte só, porque se fosse tudo ia ficar meio pobrinha só de comprar caixa de plástico). Invadi até uma parte do armário do quarto do Davi (metade, para ser bem sincera... hahaha). Por enquanto, a cômoda já supre todas as necessidades de guardar roupa do filhote. Então, porque não expandir os limites territoriais do meu embrião de closet de gente fina, elegante e sincera?

Além das arrumações mil e pendências, bati muita perna em liquidação (de casa e de roupa), em shopping, no Saara e nas ruas de Ipanema. A casa está mais bonita e o guarda-roupa mais "florido". Comprei sutiã, afinal o peito finalmente estabilizou de tamanho (e, para minha supresa, aumentei um número de 40 para 42, sendo que tô mais magra do que antes de engravidez... felicidade total). Fiz um botox no cabelo que eliminou aquela aparência de mãe desleixada, cujos cabelos novos, substitutos daqueles que caíram depois da gravidez e quase me deixaram completamente careca, teimavam em ficar rebeldes). Também fui ao cinema com o maridão duas vezes no meio do dia. E ainda fizemos um passeio até Petrópolis.

Muita coisa pra quem só teria uma semana longe do filhote. Afinal, o recesso do filhote na creche seria de uma semana, certo? Errado!

Vou euzinha, leve e faceira, me despedir da professora no que eu julgava ser o última dia de "aula" antes do recesso. "Mas porque o Davi não vem na semana que vem? Vocês vão viajar?" Caí pra trás! Não ia ter recesso pro berçário, só a partir do maternal. A semana idílica com a qual sonhei por meses e meses a fio tinha se multiplicado por dois milagrosamente (bem, mais porque a anta aqui da mãe não se dignou a perguntar pra ninguém da creche e subentendeu errado a informação que estava no papel do calendário escolar).

Então, voilá! Tive duas semanas para relembrar como era uma vida sem filho (pelo menos, dentro do intervalo de 9h da creche integral que ele frequenta). Até achei que iria deixá-lo bem mais tarde na creche, para aproveitar um pouco mais a cria, passar mais tempo com ele. Só que não. Até fiz isso nos primeiros dias, mas a ansiedade de ficar à toa ou resolvendo as minhas coisas foi maior. E posso dizer que foi a melhor coisa que eu fiz. Foi muito bom pra mim, pra minha relação com o Tide. Relembrar por pouco tempo como era a vida sem filhote. Não que eu queira voltar atrás, mas de vez em quando batia uma saudade que deu para matar de vez com essas duas semanitchas para mim, em que eu era dona do meu tempo.