sexta-feira, 3 de agosto de 2012

As últimas novidades linguísticas

Sempre escrevi aqui que meu filhote era do tipo mudinho. E continua, mas as coisas andam mudando numa velocidade que, pelo menos para mim, está começando a ficar mais acelerada. Seu vocabulário se amplia a olhos vistos e ele está se arriscando muito mais nas suas frases de bebêzês (aquela frase que parece ser completa, completinha, com sujeito, verbo e predicado, com direito a entonação em tudo, mas que você não entende absolutamente nada).

Falar mamãe é agora algo usual (para nossa alegria!!!). Custou a sair e, quando saiu, só falava quando eu não estava perto. Mas agora fala sempre, toda hora, normalmente para afirmar que estou ali do lado dele e não necessariamente para me chamar. O melhor é quando vou buscá-lo na creche. Vem correndo e falando mamã-mamã. Um fofo.

Então vamos ao seu extenso vocabulário:

- papá: esse é clássico, mas agora já temos variantes. Ele chama o pai pelo nome, Tide. Aconteceu do nada. Estava dando banho no Davi e gritei pelo Tide para pegar a toalha (normalmente, um dos dois entra com a cria no chuveiro e o outro pega depois). Gritei "Tiiiiiide!" e o Davi quase que simultaneamente "Tiiiiiii!". Óbvio que gritei mais ainda, chamando o Tide pra vir ouvir a mais nova façanha linguística da fera. Estamos trabalhando agora no Liza ou Lili e Davi está quaaase lá. :-)

- papá: vale também para comida. Ele aponta pras coisas, especialmente aquelas que estão dentro de tupperware pequenininho (mesmo que não seja pra ele) e diz papá quando está com fome.

- uuuuhh!: com as mãos pro alto, para celebrar um "gooool!" quando joga bola com o papai. Também faz isso quando vê futebol na televisão. Fez isso outro dia quando o time adversário fez gol no Fluminense, time do papai ("pô, filho, torcendo contra?", disse o Tide, desolado quando ouviu).

- má, mé e pé: diz direitinho mão e pé, o seu e o dos outros, acompanhado dos fonemas certinhos. Mão é que varia um pouquinho, às vezes é má e às vezes é mé. Ele sabe indicar vários outros lugares do corpo (do seu e dos outros), mas falar enquanto aponta, só esses dois.

- dodó ou dodô: também já falei sobre isso aqui. Aponta direitinho para o machucado (agora seu joelho vive ralado) e diz. Mas uma das primeiras vezes em que ele falou isso foi muito legal, a primeira vez em que eu vi que ele se lembrava das coisas. Há uns dois meses, machuquei o dedão do pé tirando cutícula (eu mesma costumo me auto-mutilar). Ficou horrível, dedo mega inchado, com pus, cheguei a tomar antibiótico. Nesses dias, Davi chegou a pisar no meu dedo (porque esse tipo de coisa atrai) e eu soltei um mega grito e ameacei um choro. Ele, óbvio, chorou mais, do susto. Expliquei que tinha gritado porque ele pisou no meu dodói e ele desandou a falar sem parar dodô e apontar pro meu dedão. Uns quinze dias depois, ele rala o joelho. E eu falo: "ô, Davi, deixa eu ver o dodói". Ele aponta pro meu dedão, o mesmo que estava inflamado antes (e já tava sarado). Achei incrível! Ele não só entende as coisas, mas tem memória. Eu sempre me espanto quando ele faz coisa assim, digamos, de humanos.

- taaaaao: pra tudo e qualquer coisa ele dá tchau e, quando está empolgado, falou bem altão "taaaaao!". O tchau para ele tem o significado de se despedir, mas também de reconhecimento, para comunicar que está vendo alguma coisa. É hilário, porque é tchau pra luz, pro poste, pro cachorro, pra Lua, pra tudo. Aliás, no momento, seu reconhecimento de mundo também está bastante relacionado com o beijo. É beijo em tudo e em todos. Já deu até beijo no lixo (mais de uma vez), quando eu tava tentando ensiná-lo a jogar fora as coisas. Joga fora o papel, dá tchau pro lixo e manda ou dá o beijo diretamente (sempre acompanhado de um grito da mãe: "nãaaaao, Davi, lixo é sujo!").

- uuuuuá!: falando em Lua, olha ela aí. Aprendeu na creche e, desde então, quando tem Lua no céu, vai repetindo do início ao fim "uuuuuá!", apontando e com a cabeça vidrada nela até chegar em casa.

- tá: são duas coisas diferentes. Pode ser Sol (ele aponta nos livros qualquer Sol e manda o tá) ou borboleTA (manja? força na última sílaba?). Esse aí da borboleta ele aprendeu quando ele um dia percebeu a minha tatuagem nas costas. Falei que era a BOR-BO-LE-TA, reforçando cada sílaba, e ele se ligou de um jeito na última. Desde então, reconhece e fala tá para borboleta no vídeo, em brinquedo ou na pele das costas da mamãe.

- bobó e bobô: já falou vovó e vovô, mas nunca na hora que os avós estão pertos o suficiente para ouvir. Quer dizer, só pro meu papai, que é o que menos vê (mora longe), mas toda vez que vem aqui ou liga, o Davi consegue a façanha de falar bobô na cara dele e minha mãe se morde por dentro.

- bó e bô: bó, de bola, e bô, de acabou (acompanhado de um movimento fofo de colocar as palmas das mãos para cima e quebrar a cabecinha de lado).

- nene e dada: Davi se reconhece em fotos. As vezes fala nene, as vezes dada, numa abreviação do próprio nome.

Se lembrar de mais alguma coisa, atualizo ou faço um post novo. Mas fala a verdade se o molequinho não está ficando todo saidinho nas proezas linguísticas?


3 comentários:

No mato sem cachorro disse...

Gostoso! Hoje pensei nele enquanto estava na piscina. Muita água, muito sol, muita energia boa, mas sem a presença dele parece que estava faltando muita coisa. Bj

Dayane disse...

Muito delícia ouvir cada palavrinha né? Daqui a pouco ele ta soltando cada palavra que você não tem idéia de onde ele tirou, é uma graça.
Beijos

Ju disse...

OWWWWWN que delicia!! muito legal!! Deve ser emocionante ver ele entendendo as coisas e interagindo com vcs! bjus