É, ainda não tinha contado porque foi antes do blog nascer, quando o Davi tinha uns dois meses e pouquinho. Estávamos aqui em casa, com o Davi no colo, tudo super tranquilo. Tinha acabado de passar pela aquela fase de substituição temporária do leite materno pelo leite em pó
Chegando lá, fomos atendidos por uma pediatra que examinou o Davi de cabo a rabo: reflexos, batimentos cardíacos, barriguinha, tudo, tudinho. E ela achou que o Davi estava com olhar de sol poente, um olhar baixo, tipo de peixe morto, de Capitu, o que poderia ser indicativo de algum problema neurológico sério (aliás, que problema neurológico não é sério?). Ela perguntou para a gente se já tínhamos observado esse olhar baixo do Davi e o Tide afirmou que já, mas acho que ele ficou um pouco sugestionado pela médica. Eu respondi que não tinha visto ele com olhar baixo a não ser quando estava realmente olhando para baixo, ora. Minha pulguinha atrás da orelha continuava a me dizer que essa mulher só podia estar errada, mas afinal ela era médica e tinha estudado para isso. "Para tirar a dúvida, seria bom que ele fizesse uma ressonância magnética hoje à noite ainda." Oi? Ressonância? Meu filho num túnel para fazer um mega exame desses, super invasivo, já que ele teria de ser anestesiado para ficar parado durante o procedimento? Afe, morri...
Ligamos para o nosso pediatra e o colocamos em contato com a médica da emergência. Ele nos tranquilizou afirmando que nunca tinha visto o Davi com esse olhar de sol poente, mas que como a colega tinha achado isso, era melhor checar através de uma ultrassonografia transfontanela no dia seguinte e não com uma ressonância de emergência. Essa ultra seria feita da mesma maneira como daquelas que fiz durante a gravidez, só que na cabecinha dele (nada de anestesia, só gelzinho gelado na cabeça). Como os ossos do crânio de um bebê ainda não estão colados, seria possível enxergar o cérebro do Davi através da moleirinha dele e saber se tinha alguma coisa errada. E como ele já estava normal, corado, sem sentir dor, febre ou qualquer coisa fora do comum, poderíamos fazer este exame no dia seguinte, com calma, e depois passaríamos do consultório dele.
Fiquei bem mais tranquila, mas só estaria realmente aliviada no dia seguinte. Mal acordamos, fomos direto tentar um encaixe para este exame. Depois de algumas horas esperando e do exame realizado, estava tudo bem. Nada de anormal na ultra do Davi. Seguimos para o pediatra, que examinou o Davi e constatou que a outra médica estava
Esse susto só foi bom por uma coisa. Pelo nosso pediatra. Serviu para pegar confiança. Ligamos para ele váaaaarias vezes naquele dia à noite e no dia seguinte. E olha que já tínhamos alugado bastante o ouvido dele durante a fase de substituição da amamentação. Sempre nos atendeu super bem, sempre disponível. Quando não atendia de imeadiato, retornava logo em seguida. Achei também muito legal o fato dele não ter apoiado um teste invasivo no Davi logo de cara e de ter nos tranquilizado, mas sem descartar nenhuma possibilidade de resultado (bom ou ruim). E outra: ele sempre lembra desse e de outros detalhes da vida médica do Davi, o que dá uma sensação boa de saber que não somos somente um número para ele, que ele o conhece e se lembra da gente. Enfim, saldo positivo de uma experiência nada positiva.
2 comentários:
E assim vamos conhecendo as pessoas... Que bom termos mais um grande aliado. bj
E essa carinha dos 5 meses aí do lado é de que?? De SOL NASCENTE, claro!!
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