quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Todo dia

Mamada da madrugada com muita voracidade. Esvazia um peito em questão de segundos. Sono pesado, como se o leite fosse um sonífero poderoso, daqueles de contos de fada. Dorme profundamente até às 6h da manhã. Pontualidade quase britânica, com variação de uns quinze minutos no máximo, para mais ou para menos. Acorda. Mama pouco, só para não dizer que não mamou. Peito vaza, não se esvazia por completo. Olhão esbugalhado e agito com braços e pernas. Volta para o quarto, só que dessa vez não para o berço. Para a cama. A minha cama. Conversa, conversa, conversa. Às vezes uma choradinha. Dorme um sono leve e ameaça continuar acordado.

Aí vem a arma infalível. Peito de fora, deitada na cama mesmo. Mamadão numa posição meio esquisita. O peito não chega à boca facilmente. Braço por baixo da cria, como num abraço. Agora sim, tudo certo. Mama, mama, mama e dorme profundamente. Guarda peito, mas a cria permanece com a cabeça encaixada, bem no decote. Momento mastercard: não tem preço.

2 comentários:

Flavia disse...

lindo!

(e aproveita que depois da saudades...)

No mato sem cachorro disse...

Sensasional!