terça-feira, 18 de outubro de 2011

Últimos causos da creche

A adaptação do Davi na creche continua... só que para mim. Achava que estava tranquila, levando razoavelmente numa boa, até sexta-feira passada.

Tenho ido TODOS OS DIAS dar de mamá na hora do almoço. Tem sido bem desgastante, principalmente por conta do trânsito. Pego engarrafamento quase todos os dias e passo mais ou menos uma hora (ida e vinda) dentro do carro. Lá mesmo, com o Davi, é rapidinho. Uns 10, 15 minutos, que passam em questão de segundos. Por conta desse trânsito, acabo ficando mais de uma hora fora do trabalho, mas o pessoal tem sido bastante compreensivo e tenho conseguido fazer este esquema. Quando chego, procuro almoçar rapidinho (tem restaurante na minha unidade), para o abuso não ser tão grande.

Bem, isso tudo para falar que eu tenho ido dar de mamá porque realmente quero, realmente acredito que é o melhor para o meu filho. É uma forma de ficar mais tempo com ele (nem que seja durante uns minutinhos), dar aconchego, colo, peito, além de alimento. E é também uma forma de manter a produção de leite em alta (e está muuuito em alta).

Em geral, é uma alegria encontrá-lo, mas na última sexta foi meio difícil. Um monte de coisa estava passando pela minha cabeça (desgaste físico de ir até a creche + dormir picado de noite e ir trabalhar no dia seguinte + o início do horário de verão que iria me obrigar a acordar de noite, antes do Davi acordar + nova rotina de trabalho-creche que começa a se estabelecer). Enfim, várias coisas que já me deixaram assim marromenos, meio em baixa.

Cheguei na creche e apertei Davi com todas as forças. Ameacei um choro, mas me segurei. Coitado do garoto, não merecia me ver assim. Merecia, sim, me ter inteira ali, naquele momento. Feliz, para deixá-lo feliz. Na hora de ir embora, entreguei para a tia do berçário e ele fez uma coisa que nunca tinha feito: se jogou pra mim quando fui me despedir.

Ai. Morri. Peguei ele no colo e comecei a chorar. Mas contido porque tava na creche; desabei mesmo foi no carro. Me dei o direito de chorar até o trabalho. Depois foi sacudir a poeira e dar a volta por cima.

Pra compensar o estrago de sexta, Davi resolveu me dar um presente na segunda. Parece até que quis me recompensar. Fui buscá-lo, depois do trabalho. Estava no colo de uma das tias. Assim que me viu, abriu o maior sorrisão e gargalhou alto. Do nada. Quer dizer, do nada não. Foi por mim, por ter me visto. Um presente! Até porque o normal dele é vir para o meu colo e cagar solenemente para a minha pessoa, com o seu dedinho na boca.

Nesse dia da gargalhada, ele tinha vomitado na creche. Engasgou com a comida e colocou pra fora. Já tinha acontecido aqui em casa. Eles liquidificaram a comida e ofereceram para ele de novo, que comeu tudo (por isso nem me preocupei). Não sei se foi por conta disso, mas quando chegou em casa, mamou e apagou, super cedo. O pai também dormiu cedão; tinha passado mal também, colocou todo o almoço para fora e foi deitar. O resultado disso tudo foi o seguinte: euzinha da silva deitada, largada no sofá da sala, sozinha, como há muuuuito tempo não ficava. Posso ser uma mãe e uma mulher relapsa (por achar bom as circunstâncias causadas pelos vômitos de ambos), mas eu bem gostei desse tempinho só!

6 comentários:

Carol disse...

eu ia dizer que entendo... mas ainda não completamente. Lucas começa a adaptar na creche na segunda e eu volto a trabalhar no começo de novembro. Também pretendo ir amamentar na hora do almoço, mas tenho a sorte da creche estar a 3 minutos do trabalho de carro.

Vc chegou a ficar em casa com o Davi adaptando? O que vc ficou fazendo no tempo livre?

E como faz com as outras mamadas dele, vc ordenha leite?

duvidas, duvidas.

beijo querida e força aí!

No mato sem cachorro disse...

Peninha de vc, mas é assim mesmo, uns dias de alta e outros de baixa, mas não esqueça de você, precisa estar firme, saudável pra todas estas emoções. Take care my dear daughter!!! Bj

Liza disse...

Carol,

Passei um tempo adpatando com o Davi. Chegava, deixava ele umas duas horinhas e depois buscava. O tempo foi aumentando conforme ele foi demonstrando que estava ok. Foi super rápido. Em uma semana, já ficava o dia todo.

A primeira coisa que fiz no tempo livre foi fazer as unhas, que há séculos estavam descuidads! hehehe

Ele mama umas 6h30, antes de eu sair para o trabalho, mais ou menos ao meio-dia, quando vou na creche, e depois quando eu volto para buscá-lo, às 18h. Mama para dormir às 20h e depois de madrugada, quando acorda (dá umas 2 mamadas, mais ou menos, em geral deitado comigo na cama). Não ordenho e não deixo leite lá não. Ele come bem: almoço, lanche e janta. E as tias da creche dão água toda hora para ele no copinho. Acho assim mais prático do que ordenhar e levar para a creche.

Fica tranquila que vai dar tudo certo contigo. O comecinho é que é duro mesmo.

bj

Ju disse...

OWWNNN entendo o seu choro, seu aperto e a sua felicidade por ver que o Davi te reconhece ;)

Parece besteira, mas já fico me imaginando nesta situação daqui algum tempo!

Agora, quanto a chorar sozinha, sabe que não precisa, né? to aqui a duas baias de distância para o que vc precisar =P

beijocas, ju

Leticia disse...

Não esqueça que aqui vc não tem apenas colegas de trabalho. Tem amigos que gostam de vc e q estão do seu lado para te ajudar nessa fase de adaptação. Conta com a gente!!! Bj

Milla disse...

Ahhhhhhhhh, apesar de não ser mãe imagino sua aflição. Tenho uma amiga, que é também empregada aqui do Cenpes, e está com o coração partido por deixar a bebê dela para trabalhar. Mas com o passar do tempo você se "acostuma" =)

Um beijinho,
Camilla