quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A volta das férias

Foi tudo. Foi a vida. Foi libertador. Foi um reencontro comigo mesma. Curti pra caramba as minhas férias. Coloquei muitas pendências em ordem. Isso faz uma diferença enorme pra mim, pois começo a "dar defeito" quando vejo muita coisa acumulada por fazer. Fui a dentista (acho que a última vez o Davi tinha meses), arrumei todos, TODOS, sim todinhos os armários lá de casa. Depois da mudança, meio que tinha tirado as coisas de dentro das caixas e jogado de qualquer jeito nos armários.

Agora, meu armário parece um embrião de closet da Carrie, de Sex and the City, com direito a cabides transparentes e idênticos (precisa ver antes como era, cada um de uma cor, de um material, um horror). Agora tá tudo dividido, camisas de manga longa num lugar, de manga curta em outro, coisas de inverno num canto, sapatos guardados em caixas de plástico transparente (uma parte só, porque se fosse tudo ia ficar meio pobrinha só de comprar caixa de plástico). Invadi até uma parte do armário do quarto do Davi (metade, para ser bem sincera... hahaha). Por enquanto, a cômoda já supre todas as necessidades de guardar roupa do filhote. Então, porque não expandir os limites territoriais do meu embrião de closet de gente fina, elegante e sincera?

Além das arrumações mil e pendências, bati muita perna em liquidação (de casa e de roupa), em shopping, no Saara e nas ruas de Ipanema. A casa está mais bonita e o guarda-roupa mais "florido". Comprei sutiã, afinal o peito finalmente estabilizou de tamanho (e, para minha supresa, aumentei um número de 40 para 42, sendo que tô mais magra do que antes de engravidez... felicidade total). Fiz um botox no cabelo que eliminou aquela aparência de mãe desleixada, cujos cabelos novos, substitutos daqueles que caíram depois da gravidez e quase me deixaram completamente careca, teimavam em ficar rebeldes). Também fui ao cinema com o maridão duas vezes no meio do dia. E ainda fizemos um passeio até Petrópolis.

Muita coisa pra quem só teria uma semana longe do filhote. Afinal, o recesso do filhote na creche seria de uma semana, certo? Errado!

Vou euzinha, leve e faceira, me despedir da professora no que eu julgava ser o última dia de "aula" antes do recesso. "Mas porque o Davi não vem na semana que vem? Vocês vão viajar?" Caí pra trás! Não ia ter recesso pro berçário, só a partir do maternal. A semana idílica com a qual sonhei por meses e meses a fio tinha se multiplicado por dois milagrosamente (bem, mais porque a anta aqui da mãe não se dignou a perguntar pra ninguém da creche e subentendeu errado a informação que estava no papel do calendário escolar).

Então, voilá! Tive duas semanas para relembrar como era uma vida sem filho (pelo menos, dentro do intervalo de 9h da creche integral que ele frequenta). Até achei que iria deixá-lo bem mais tarde na creche, para aproveitar um pouco mais a cria, passar mais tempo com ele. Só que não. Até fiz isso nos primeiros dias, mas a ansiedade de ficar à toa ou resolvendo as minhas coisas foi maior. E posso dizer que foi a melhor coisa que eu fiz. Foi muito bom pra mim, pra minha relação com o Tide. Relembrar por pouco tempo como era a vida sem filhote. Não que eu queira voltar atrás, mas de vez em quando batia uma saudade que deu para matar de vez com essas duas semanitchas para mim, em que eu era dona do meu tempo.

2 comentários:

Ju disse...

É a tal perda de identidade que uma amiga me falou que todas as mulheres passam ao ser mães. As duas semanas devem ter sido libertadoras nesse sentido. Super te entendo e super apóio ;)

beijos, ju

No mato sem cachorro disse...

Férias muito merecidas!!! E ainda foi pra colocar o armário e a cabeça em ordem! Muito bom! Afinal férias é pra fazer diferente e voltar renovada, certo? E que venham outras, hehe. Bj
ps: tava sentindo falta do blog...